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Dica de Álbum

A dica de álbum do Caverna dessa semana é o Let It Bed, de Arnaldo Baptista, produzido por John, do Pato Fu, esse disco é a prova de que com a tecnologia atual, para se fazer um bom álbum não é mais nescessário se inverstir grandes montantes de dinheiro nem estar atrelado à estrutura de uma grande gravadora.



LET IT BED - (L&C Editora, 2004) – Produção: John Ulhoa A idéia de finalmente gravar Let it Bed aconteceu quando John, da banda Pato Fu, foi a Juiz de Fora montar um PC para Arnaldo com vários programas de áudio. John e Rubinho Trol (2) começaram a mostrar ao Arnaldo as possibilidades dessas novas tecnologias, recursos que há alguns anos só eram possíveis em estúdios caríssimos e agora estavam bem à mão, para serem usados em casa mesmo. “Por isso este disco é o encontro de Arnaldo com esta tecnologia”, explicou John. “Uma coisa era importante para nós”, continuou John. “Não queríamos um CD que soasse como um disco moderninho de música eletrônica com samples do Arnaldo. Isso seria fácil fazer. Queríamos que ele registrasse à sua maneira suas novas canções e depois ajudaríamos a dar um acabamento à altura de seu talento”.
John e Rubinho levaram para o sítio equipamento suficiente para um bom home-estúdio. Logo de cara perceberam que Arnaldo queria tocar de tudo e passava muito rapidamente de um instrumento para outro. Por isso decidiram espalhar microfones por todo o estúdio do sítio, deixando tudo ligado o tempo todo para manter o momento criativo sempre em alta.
“Rubinho trouxe seu PC de Londres. Gravamos usando o software Cubase e uma interface M-Audio Delta 44, que nos permitia gravar 4 canais por vez. O que parece pouco, mas o suficiente para este disco, já que Arnaldo iria tocar tudo, um instrumento por vez”, conta John. “A AKG nos emprestou os microfones e headphones, eu levei preamps, mixer, guitarras e outras coisas. Uma curiosidade é a guitarra Pignose com um alto-falante embutido no corpo, que Arnaldo experimentou e acabou usando em algumas gravações”.
John deu algumas instruções básicas para Rubinho, “apenas para ele não cometer nenhuma gafe tecnológica irreparável”. Mas logo ficou claro que o mais importante era o momento, a atmosfera, a tranqüilidade para que Arnaldo pudesse registrar tudo que quisesse, quantas vezes quisesse e na hora que tivesse vontade. “E isso o Rubinho soube conduzir muito bem”.
“Depois de tudo registrado, voltamos para meu estúdio em BH, onde transpusemos as sessões de Cubase/PC para o sistema do meu estúdio que é Logic Audio/Mac. Lá não gravamos mais nada: apenas acrescentei algumas programações e instrumentos virtuais”, explica John. Tudo foi editado e mixado aos poucos no estúdio de John. “Cada vez que Arnaldo vinha à minha casa ouvíamos tudo e ficávamos mais felizes com o resultado”.
http://www.arnaldobaptista.com.br